01. (UFRGS 2016) Sobre os conflitos de terra que envolvem os povos indígenas brasileiros, é correto afirmar que
(A) a expansão das grandes empresas rurais esbarra no processo de demarcação de terras
indígenas, o que tem motivado violentos confrontos armados no Centro-Oeste do país.
(B) as áreas destinadas aos povos indígenas no Mato Grosso do Sul, estado que possui a segunda
maior população indígena do país, representam mais da metade do território do estado.
(C) os conflitos do Centro-Oeste são recentes, fruto da expansão da agroindústria nos anos 200'0.
(D) os conflitos na região norte praticamente não existem mais, uma vez que as empresas rurais
estão concentradas nos estados do Centro-Oeste.
(E) menos da metade dos índios brasileiros vive em terras indígenas reconhecidas pelo governo.
A redução do ritmo de crescimento nas próximas três décadas e a diminuição da quantidade de brasileiros
a partir de 2043 são reflexos principalmente
A) da queda da taxa de fecundidade da mulher brasileira.
B) do aumento da expectativa de vida.
C) da atual implantação de políticas de controle populacional.
D) da evasão de brasileiros em direção aos países desenvolvidos, devido à crise econômica iniciada a
partir de 2004.
E) da mudança do perfil da população brasileira de uma nação jovem para um país de idosos.
04. (PUC-PR 2016) Em seus trabalhos, Aziz Ab’Sáber (1924 – 2012) destaca a necessidade de um melhor conhecimento
sobre a complexa realidade brasileira. O excerto abaixo é uma pequena amostra da lucidez de suas críticas
e ideias.
“Para a infelicidade do destino da biodiversidade amazônica, o mais alto dignitário da nação, através de
um ato falho verbal, acenou com uma liberação inoportuna para todos os especuladores devastadores. A
frase dele foi ‘a Amazônia não pode ser intocável’. O problema é outro: em primeiro lugar há que se saber
como ela vem sendo ‘tocada’. E, ao mesmo tempo, realizar um esforço imenso para planejar um desenvolvimento
econômico e social com o máximo de florestas em pé”.
AB’SÁBER, Aziz Nacib. Escritos ecológicos. São Paulo: Lazuli, 2006.
O texto acima permite entender que Ab’Sáber, geógrafo e ambientalista sempre atento as grandes mazelas
que assolam o país, insistia que a melhor maneira de se preservar a biodiversidade amazônica é por
intermédio
A) de uma série de estudos que priorizem a temática natural do bioma amazônico em detrimento do
custo social.
B) de uma discussão científica, em que a ausência de políticas públicas deixaria de comprometer a biodiversidade
amazônica.
C) da criação de Unidades de Proteção Integral na Amazônia Legal, devido à fragilidade natural desse
bioma, além da devastação provocada pelo homem nas últimas décadas.
D) de políticas públicas pautadas em estudos científicos que aliem a preservação da biodiversidade com
os interesses socioeconômicos.
E) da manutenção das atuais políticas públicas que, a priori, são suficientes para garantir o bem estar
das populações nativas e a biodiversidade da floresta.
05. (UNICAMP 2016) Considerando as atuais características demográficas da
população indígenas brasileira, assinale a alterantiva
correta.
A) Ainda existem etnias indígenas isoladas no interior da
Amazônia, vivendo em grandes aldeias, com pre do mi -
nân cia de idosos, e desenvolvendo roças para o
autoconsumo.
B) A atual população indígena brasileira supera, em con -
tin gente e em etnias, os habitantes nativos encontra dos
no início da colonização no século XVI.
C) Enquanto a população indígena do centro-su1 obteve
crescimento demográfico, a população habitante da
Amazônica apresentou forte redução de contingente
D) Verifica-se a tendência de reversão da curva demográfica, tendo em vista o crescimento atual da
população indígena no país, sendo que a maior parcela
desse contingente vive em áreas rurais.
06. (UNESP 2016) O Sistema Nacional de Unidades de Conservação
estimulou a criação de áreas de proteção ambiental
integral com o controle unilateral do Estado sobre o seu
território e os seus recursos. A implantação do referido
sistema foi criticada
A) pelas populações urbanas, por interromper o
crescimento natural da mancha urbana em regiões
periféricas.
B) pelos governos locais, por minar a autonomia
municipal no parcelamento do solo para a utilização
em políticas de habitação.
C) pelas populações tradicionais, que defendiam uma
maior participação no processo de demarcação das
unidades de conservação.
D) por organizações ambientalistas internacionais, que se
opunham às grandes dimensões das áreas adotadas
pelo Estado.
E) pelo capital especulativo, por desvalorizar as áreas do
entorno que seriam vendidas no mercado imobiliário.
07. (UNESP2016) Base da formação, há 35 anos, do Polo Industrial de
Camaçari, considerado o maior do gênero no Hemisfério
Sul, na região metropolitana de Salvador (BA), a indústria
química e petroquímica pode estar em via de extinção
no local, onde seguidos fechamentos de fábricas do setor
no polo ilustram a situação. Apenas na última década,
a Braskem — maior indústria do setor no local — fechou
três de suas oito unidades. Além dela, deixaram o polo ou
reduziram bastante a atividade, nos últimos cinco anos,
grandes empresas internacionais, como Dow, DuPont, Air
Products e Taminco, entre outras.
(www.estadao.com.br. Adaptado.)
Constituem motivos para a saída das indústrias do ramo
químico e petroquímico do Polo Industrial de Camaçari:
A) o fim dos incentivos fiscais, os elevados gastos com
segurança e o aumento dos impostos.
B) as frágeis redes de transporte, a dificuldade de
comunicação e a falta de matérias-primas.
C) a queda na demanda do consumo local, a baixa
qualificação da mão de obra e o sucateamento dos maquinários.
D) o término das concessões, a falta de manutenção das
infraestruturas e o desmembramento dos terrenos.
E) as plantas industriais rígidas, a logística precária e os
elevados custos de produção.
08. (PUC-SP 2016) “O tempo vem desgastando lentamente a paisagem das
terras planas do interior de Minas Gerais e São Paulo. O
planalto que abriga a bacia do São Francisco, rio que
nasce no sudoeste de Minas Gerais e corre em direção ao
nordeste até Pernambuco, está paulatinamente
encolhendo pelo recuo das escarpas que formam sua
borda. No último 1,3 milhão de anos, esse planalto perdeu
área para uma região vizinha situada a altitudes menores,
onde se assenta a bacia do rio Doce.”
(Salvador Nogueira. A dança das bacias. São Paulo: Pesquisa
Fapesp, Janeiro de 2013. p. 51)
A transformação notada pode ser explicada como
resultante
A) do movimento de oscilação da placa tectônica
sulamericana, que na escala de tempo da natureza sofre
eventuais soerguimentos.
B) de um processo erosivo acelerado produzido pelo
aumento do volume das águas da bacia do Rio S.
Francisco, em consequência de mudanças climáticas
na região.
C) de um processo de erosão ou denudação muito lento
ou, melhor dizendo, dentro de uma temporalidade que
é a da natureza, cuja escala torna o tempo humano
irrisório.
D) do desmatamento realizado pelo ser humano nos vales
da bacia do Rio S. Francisco que facilitou a aceleração
do processo de denudação.
09. (FUVEST 2016) É preocupante a detecção de resíduos de agrotóxicos no
planalto mato-grossense [Planaltos e Chapada dos
Parecis], onde nascem o rio Paraguai e parte de seus
afluentes, cujos cursos dirigem-se para a Planície do
Pantanal. Em termos ecológicos, o efeito crônico da
contaminação, mesmo sob baixas concentrações, implica
efeitos na saúde e no ambiente a médio e longo prazos,
como a diminuição do potencial biológico de espécies
animais e vegetais.
Dossiê Abrasco – Associação Brasileira de Saúde Coletiva, Rio de
Janeiro/São Paulo: EPSJV/Expressão Popular, 2012. Adaptado.
Com base no texto e em seus conhecimentos, é correto
afirmar:
A) No Mato Grosso do Sul, prevalece a criação de
caprinos nas chapadas, ocasionando a contaminação
dos lençóis freáticos por resíduos de agrotóxicos.
B) No Mato Grosso, ocorre grande utilização de
agrotóxicos, em virtude, principalmente, da quantidade
de soja, milho e algodão nele cultivada.
C) Em Goiás, com o avanço do cultivo da laranja
transgênica voltada para exportação, aumentou a
contaminação a montante do rio Cuiabá.
D) No Mato Grosso, estado em que há a maior área de
silvicultura do país, há predominância da pulverização
aérea de agrotóxicos sobre as florestas cultivadas.
E) No Mato Grosso do Sul, um dos maiores produtores
de feijão, trigo e maçã do país, verifica-se significativa
contaminação do solo por resíduos de agrotóxicos.
10. (FUVEST 2016) Observe os mapas
Dentre as seguintes alternativas, a única que apresenta a
principal causa para o correspondente fluxo migratório é:
A) I: procura por postos de trabalho formais no setor
primário.
B) II: necessidade de mão de obra rural, devido ao avanço
do cultivo do arroz.
C) III: necessidade de mão de obra no cultivo da soja no Ceará
e em Pernambuco.
D) IV: procura por postos de trabalho no setor aeroespacial.
E) V: migração de retorno.
11. (FUVEST 2016) O mapa representa um dos possíveis trajetos da chamada
Ferrovia Transoceânica, planejada para atender, entre
outros interesses, ao transporte de produtos agrícolas e de
minérios, tornando as exportações possíveis tanto pelo
Oceano Atlântico quanto pelo Oceano Pacífico.
Considerando-se o trajeto indicado no mapa e levando em
conta uma sobreposição aos principais Domínios
Morfoclimáticos da América do Sul e as faixas de
transição entre eles, definidos pelo geógrafo Aziz
Ab’Sáber, pode-se identificar a seguinte sequência de
Domínios, do Brasil ao Peru:
A) Chapadões Florestados, Cerrados, Caatingas, Pantanal,
Andes Equatoriais.
B) Mares de Morros, Pantanal, Chaco Central, Andes
Equatoriais.
C) Chapadões Florestados, Chaco Central, Cerrados,
Punas.
D) Mares de Morros, Cerrados, Amazônico, Andes
Equatoriais.
E) Mares de Morros, Cerrados, Caatingas, Amazônico,
Punas.
12. (FATEC 2016) O Brasil vem recebendo uma quantidade significativa de
imigrantes haitianos à procura de trabalho e de melhores
condições de vida. A entrada de haitianos cresceu bastante
depois do terremoto que devastou o Haiti, em 2010.
A principal porta de entrada desses imigrantes no Brasil
é a cidade de
A) Belém, no Pará, uma vez que a maioria desses
imigrantes faz o percurso por via marítima.
B) Assis Brasil, no Acre, pois grande parte dos imigrantes
haitianos segue uma rota pelo Peru para chegar ao
território brasileiro.
C) Santos, em São Paulo, em razão de ter o maior porto do
mundo e apresentar facilidades para a entrada
clandestina de imigrantes.
D) Natal, no Rio Grande do Norte, haja vista que,
cartograficamente, essa é a cidade brasileira mais
próxima da América Central Insular.
E) Foz do Iguaçu, no Paraná, onde, em função da grande
quantidade de turistas, os imigrantes têm maiores
facilidades de ultrapassar a fronteira.
13. (FATEC 2016) O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é
o órgão responsável pela elaboração dos censos
demográficos no Brasil. De acordo com o censo
demográfico de 1960, os habitantes da zona urbana
representavam 45% da população brasileira. Esse
percentual subiu para 75% no censo de 1991 e para 84%
no censo de 2010.
A instalação de indústrias nas cidades, aliada à mecanização do campo, trouxe para as áreas urbanas uma grande
quantidade de pessoas despreparadas para as funções
urbanas, levando ao surgimento de desempregados e
subempregados.
Uma das heranças desse processo sobre o espaço urbano
brasileiro é a
A) ocupação ordenada das periferias e subúrbios das
cidades.
B) ausência de moradores de rua nas áreas centrais das
cidades.
C) inexistência de terrenos vazios para a construção civil
nas cidades.
D) expansão do número de cortiços, de favelas e de
habitações precárias nas cidades.
E) regularização e incentivo à construção de moradias sob
os viadutos das cidades.
14. (Alberteinstein 2016) “No Brasil o fenômeno metropolitano chega ao seu ápice
a partir da década de 1960, quando o processo de
urbanização alcança novo patamar, baseado no aumento
das cidades milionárias (...)”
(Milton Santos. A urbanização brasileira. São Paulo: Editora
Hucitec, 1996. p. 66/67)
Considerando o momento que vivemos pode-se dizer que
o fenômeno metropolitano no Brasil
A) ampliou-se de modo a existirem hoje no país duas
metrópoles, fora São Paulo e Rio de Janeiro, que
ultrapassaram a cifra de três milhões de habitantes.
B) ainda é intenso, possui escala nacional e está inclusive
interiorizado, marcado por forte dinamismo econômico, mas também por contrastes sociais importantes.
C) permaneceu vigoroso, mas sem os recursos modernos
de telecomunicações, de modo que muitas metrópoles
não conseguem exercer influência regional importante.
D) manteve-se circunscrito às regiões mais industrializadas
do país, especialmente no Sudeste; noutras regiões,
pode-se falar apenas em crescimento de cidades
médias.
15. (FAMEMA) Considerando as especificidades do território brasileiro e as diferentes regionalizações que podem ser empregadas em seu estudo, é correto afirmar que as regiões geoeconômicas se caracterizam enquanto
A) unidades territoriais sob o olhar socioeconômico, articulando as relações entre a sociedade e a natureza.
B) áreas contíguas sob critérios legais, revelando o potencial econômico das terras devolutas.
C) unidades de conservação segundo a raridade do ecossistema, promovendo a recuperação e valorização da natureza.
D) estatutos hierárquicos perante a rede urbana, indicando a centralidade corporativa no sistema urbano nacional.
E) associações políticas em benefício de relações comerciais privilegiadas, estabelecendo acordos para o crescimento econômico regional.
15. (FAMEMA) Considerando as especificidades do território brasileiro e as diferentes regionalizações que podem ser empregadas em seu estudo, é correto afirmar que as regiões geoeconômicas se caracterizam enquanto
A) unidades territoriais sob o olhar socioeconômico, articulando as relações entre a sociedade e a natureza.
B) áreas contíguas sob critérios legais, revelando o potencial econômico das terras devolutas.
C) unidades de conservação segundo a raridade do ecossistema, promovendo a recuperação e valorização da natureza.
D) estatutos hierárquicos perante a rede urbana, indicando a centralidade corporativa no sistema urbano nacional.
E) associações políticas em benefício de relações comerciais privilegiadas, estabelecendo acordos para o crescimento econômico regional.
RESPOSTAS COMENTADAS
01 - A
A expansão de cultivos agrícolas pricipalmente de grãos por parte das empresas rurais,
vem aumentando nas regiões centro-oeste e norte, aumentando cada vez mais o arco do
desmatamento da Amazônia, afetando tanto a vegetação nativa quanto a população indígena,
gerando intensos conflitos de terras.
02 - E
Com o real mais desvalorizado, a tendência é o aumento no fluxo de estrangeiros para o
país, devido aos custos menores, assim como o aumento turismo de brasileiros em território
nacional já que os custos para viajar para o exterior aumentaram. Indústrias que importam
matéria prima em dólares são prejudicadas pois tem seus custos de produção aumentados o que
reflete no encarecimento da mercadoria pressionando os preços pra cima, aumentando a
inflação. Porém, as empresas nacionais que tem a sua matéria prima paga em reais não sofre os
mesmos efeitos e se elas tiverem clientes no mercado externo, aumentam a sua competitividade
no exterior e/ou as suas margens de lucros.
03 - A
A) CORRETA. O número médio de filhos por mulher vem decrescendo desde a década de 1970 e, paralelamente,
a expectativa de vida do brasileiro vem aumentando. A taxa de fecundidade total (número mé-
dio de filhos por mulher) de 2013 foi de 1,77 filho por mulher; a projeção é de 1,61 filho em 2020 e 1,50 filho
em 2030, taxas abaixo do nível de reposição.
B) INCORRETA. A expectativa de vida da população brasileira aumentou, mas não explica a diminuição
do número médio de filhos por mulher. A menor taxa de fecundidade e melhor expectativa de vida explicam
o aumento do número de idosos. Porém, com menos filhos nascendo, a população diminui.
C) INCORRETA. O governo brasileiro não implantou campanhas que objetivem o controle do número de
nascimentos. O acesso a educação e aos métodos anticoncepcionais provocou a gradual redução na taxa
de natalidade brasileira, o que diminui o ritmo de crescimento da população.
D) INCORRETA. O saldo migratório atual e a projeção para o futuro pesam menos no balanço demográ-
fico do número de habitantes. Além disso, 2004 foi marcado pelo bom desempenho econômico brasileiro,
fator que promove a imigração em direção ao Brasil.
E) INCORRETA. A mudança de perfil é uma consequência das melhorias médico-sanitárias e educacionais
que permitiram um maior controle sobre o momento para ter filhos e geraram mais tempo e qualidade
de vida. Quanto menos crianças nascem e mais as pessoas vivem, mais uma nação envelhece, ou
seja, maior a quantidade de idosos no total populacional.
04 - D
D) CORRETA. Ab’Sáber defendia o uso racional dos recursos naturais, o que exige estudos detalhados
sobre o espaço natural que será utilizado pelo homem.
A) INCORRETA. Todo e qualquer projeto intervencionista na Amazônia requer análises que considerem
a qualidade de vida dos povos da região.
B) INCORRETA. Sem políticas públicas adequadas há o comprometimento da biodiversidade.
C) INCORRETA. Em Unidades de Proteção Integral a restrição aos recursos naturais é total, permitindo
apenas o uso indireto, o que inviabilizaria o desenvolvimento das populações que vivem na Amazônia.
E) INCORRETA. As políticas públicas atuais são insuficientes para a manutenção da floresta e desenvolvimento
dos povos locais. O impacto das atividades na Amazônia está comprometendo um dos mais importantes
biomas do planeta, especialmente o desmatamento promovido pelo avanço da agropecuária.
05 - D
De acordo com os dados do IBGE, desde 1991, verifica-se um aumento no número de indígenas no Brasil,
os quais apresentam especificidades regionais e não
tiveram um movimento linear de crescimento populacional ao longo do tempo.
De 1991 a 2010, a Região Norte apresentou crescimento contínuo nos números absolutos de indígenas,
passando de 124.615 em 1991, para 213.443 em 2000 e
305.873 em 2010. Contudo, em números relativos, tal
região teve uma variação não linear de sua população
indígena, abarcando 42,4% dos indígenas brasileiros
em 1991, 29,1% em 2000 e 37,4% em 2010.
Ao analisarmos as Regiões Sul e Sudeste, verificamos
que, em 1991, tais regiões apresentavam, respectivamente, 30.334 (10,3% do total) e 30.589 (10,4% do
total) de indígenas. Em 2000, o Sul possuía 84.747
(11,5% do total) indígenas e o Sudeste, 161.189 (22%
do total). Dez anos mais tarde, em 2010, foram
recenseados 74.945 indígenas no Sul (9,2% do total) e
97.960 no Sudeste (12% do total). Tais dados impossibilitam a alternativa C, posto que os dados verificados
no período entre 1991 e 2000 não foram mantidos no
período entre 2000 e 2010, havendo uma redução do
contingente indígena no centro-Sul e um aumento na
Amazônia.
A parcela urbanizada de indígenas também não
apresentou variação linear. Em 1991, 71.026 indígenas
residiam em cidades e 223.105, nas áreas rurais. No
ano 2000, 383.298 indígenas estavam em cidades e
350.829 no campo, havendo, nesse momento, mais
indígenas urbanos do que rurais. Já em 2010,
verificamos uma retomada do predomínio de indígenas rurais, com 315.180 indígenas nas áreas
urbanas e 502.783 nas áreas rurais. Tal processo pode
ser explicado pela demarcação de terras indígenas.
06 - C
O Sistema Nacional de Unidades de Conservação,
criado pela Lei Federal 9.985, de 18 de julho de 2000,
tem por objetivo assegurar a conservação da diversidade biológica, promover o desenvolvimento sustentável e a proteção das comunidades tradicionais. Para
tanto, define como um de seus instrumentos a chamada
Unidade de Proteção Integral, área delimitada pelo
Estado com o objetivo principal de preservar a
natureza. A instituição e a delimitação destas áreas
correspondem a um processo vertical em que o Estado,
a partir de seus órgãos de planejamento, determina
quais áreas devem ser preservadas. Ocorre que, na
maioria das vezes, tais áreas abrigam populações
tradicionais, como indígenas e ribeirinhos, os quais
raramente participam das discussões relativas ao
processo de demarcação das unidades de conservação.
07 - E
O fechamento de fábricas no polo industrial de
Camaçari é resultado da existência de plantas
industriais antigas e obsoletas instaladas na região e
a falta de competitividade em razão de fatores como o
alto preço das matérias-primas e também de energia.
Esta retração na indústria petroquímica tem feito com
que, desde o ano 2000, cerca de 15.000 postos de
trabalho tenham sido eliminados no setor. Tal situação
tem levado as empresas a transferir suas unidades
fabris para países como o México, onde o custo da
matéria prima principal, o gás natural, é um terço do
praticado no Brasil.
08 - C
Os planaltos onde se encontram a maioria das bacias
hidrográficas que atravessam o centro-Sul do País são
bastante antigos, cuja formação geológica remonta às
primeiras eras da história da Terra. Assim, um intenso
processo de erosão teve lugar já há muito tempo,
alterando continuamente as formas do relevo,
modificando a direção dos rios. Além disso, Minas
Gerais, um estado planáltico por natureza, apresenta
a tendência a um desgaste maior e, dentro do período
de 1,3 milhão de anos, curto em termos geológicos,
várias escarpas que formavam a borda da Bacia do
Rio São Francisco foram profundamente alteradas.
09 - B
A questão aborda os problemas de saúde e degradação
ambiental decorrentes do uso de agrotóxicos, no caso
específico, a detecção de resíduos no Planalto Matogrossense
(Planaltos e Chapadas dos Parecis),
nascente do Rio Paraguai e afluentes, bem como os
cursos que se dirigem à Planície do Pantanal. A ênfase
do texto é para os efeitos nocivos, na saúde e no
ambiente, decorrentes do uso dos agrotóxicos em
lavouras regionais de soja, milho e algodão e o
comprometimento da biodiversidade das espécies e
dos grupos humanos.
10 - E
No período de 2004 a 2009, as metrópoles da Região
Sudeste apresentaram alto grau de saturação das
infraestruturas urbanas, isso provocou a diminuição
dos fluxos migratórios, tendo em vista que a
quantidade de empregos e oportunidades geradas se
tornou insuficiente para atender a demanda o que fez
com que parte desses imigrantes retornasse ao seu
lugar de origem.
11 - D
De acordo com a classificação dos domínios
morfoclimáticos proposta pelo professor Aziz
Ab’Sáber, em seu livro Os Domínios de Natureza no
Brasil, partindo do Sudeste em direção ao interior do
Brasil, e observando-se o traçado da Ferrovia Transo -
ceâ nica, podemos identificar a seguinte sequência:
MARES DE MORROS – domínio compreendido por
morros recobertos predominantemente por Mata
Atlântica intensamente devastada pela expansão
urbano-industrial; CERRADOS – domínio consti -
tuído por planaltos e chapadas com vegetação original de Cerrado com grande devastação decorrente da
expansão da fronteira agrícola; AMAZÔNICO –
domínio formado, em sua maior parte, por terras
baixas cobertas pela Floresta Equatorial Amazônica.
Em território peruano, encontramos os ANDES
EQUATORIAIS.
12 - B
Para os haitianos, a rota mais fácil para o Brasil,
devido ao seu menor custo, é a ida ao Peru, a travessia
da Cordilheira dos Andes, e a entrada no Brasil pela
cidade de Assis Brasil, no estado do Acre. Como o
governo brasileiro não impõe restrições à entrada dos
imigrantes, grande número deles chegam ao Acre e,
de lá, vão de ônibus ou outros meios de transporte
para os maiores centros brasileiros, como São Paulo e
esta dos do Sul do País.
13 - D
Em função do crescimento urbano acelerado observa -
do num país subdesenvolvido como o Brasil, a estrutura imobiliária, pelas suas próprias características
capitalistas, não tem condição ou intenção de fornecer
a quantidade de moradias suficientes para uma população em crescimento constante, principalmente nas
grandes metrópoles, deixando para a atuação do Esta -
do a construção das chamadas moradias populares (o
que nem sempre ocorre). Daí o cresci mento descontro -
lado da quantidade de moradias irregulares, como os
cor tiços, as favelas, os loteamentos clandestinos, além
de enormes contingentes que se tornam moradores de
rua.
14 - B
Segundo o Censo de 2010, as metrópoles
brasileiras que ultrapassam 3 milhões de habitantes
são: Salvador, Recife, Fortaleza, Curitiba, Porto
Alegre e RIDE-DF.
O crescimento destas metrópoles, característico do
processo de urbanização tardio, ocorreu de forma
desordenada. Houve a modernização da infraestru -
tura, sobretudo das telecomunicações, mas este
desenvolvimento se disseminou de forma que não
abrangeu toda a sua população.
Os novos arranjos espaciais passaram a exercer
influência sobre todo o território nacional, polari -
zando o espaço que inclui parte do território de países
vizinhos.
15 - A
A regionalização geoeconômica brasileira é uma proposta de divisão do território nacional tendo como critérios não apenas os aspectos naturais, mas, sobretudo, as particularidades socioeconômicas, destacando as relações entre a sociedade e a natureza.
Essa divisão estabelece três regiões geoeconômicas: a Amazônia, o Nordeste e o Centro-Sul. Os estados que integram essas regiões apresentam vários aspectos em comum, no entanto, é necessário destacar que não há homogeneidade, e que cada unidade apresenta peculiaridades socioeconômicas.
15 - A
A regionalização geoeconômica brasileira é uma proposta de divisão do território nacional tendo como critérios não apenas os aspectos naturais, mas, sobretudo, as particularidades socioeconômicas, destacando as relações entre a sociedade e a natureza.
Essa divisão estabelece três regiões geoeconômicas: a Amazônia, o Nordeste e o Centro-Sul. Os estados que integram essas regiões apresentam vários aspectos em comum, no entanto, é necessário destacar que não há homogeneidade, e que cada unidade apresenta peculiaridades socioeconômicas.
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Fontes:
http://www.passenaufrgs.com.br/provas/2016/ufrgs-2016-prova-geografia.pdf
http://vestibular.pucpr.br/wp-content/uploads/2014/09/PROVA-COMENTADA-TARDE-22102016.pdf
http://www.curso-objetivo.br/vestibular/resolucao_comentada/pucsp/2016/pucsp2016.pdf
http://www.curso-objetivo.br/vestibular/resolucao_comentada.aspx
http://angloresolve.plurall.net/#topo
http://angloresolve.plurall.net/#topo
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