A Expansão Marítima - 30 Exercícios com gabarito

01. (FGV-SP) Leia atentamente as afirmações abaixo, sobre a expansão marítima e comercial moderna, e assinale a alternativa correta. 

I. O papel pioneiro na expansão marítima e comercial moderna foi dos Países Ibéricos, tendo Portugal iniciado o feito. 
II. O papel pioneiro na expansão marítima e comercial moderna foi dos Países Ibéricos, tendo a Espanha iniciado o feito. 
III. As conquistas espanholas em África (Ilhas Canárias), durante o século XIV, demonstraram a força da invencível Armada às demais nações europeias. 
IV. A Revolução de Avis foi um marco antecedente fundamental para essa expansão. 
V. Bartolomeu Dias, navegador português, foi o responsável pela passagem pelo sul da África e pela chegada às Índias. 

a) Apenas as afirmações I, III e V estão corretas; 
b) Apenas as afirmações I e IV estão corretas; 
c) Apenas as afirmações II e V estão corretas; 
d) Apenas as afirmações I, IV e V estão corretas; 
e) Apenas as afirmações III, IV e V estão corretas.

02. (MACKENZIE) “Desde cedo, aprendemos, em casa ou na escola, que o Brasil foi descoberto por Pedro Álvares Cabral, em abril de 1500. Esse fato constitui um dos episódios da expansão marítima portuguesa, iniciada em princípios do século XV. Para entendê-la, devemos começar pelas transformações ocorridas na Europa Ocidental, a partir de uma data situada em torno de 1150.”

Boris Fausto. História do Brasil
Entre as transformações citadas no texto, e que se encontram entre as causas da expansão marítima europeia no século XV, podemos, corretamente, citar
a) o conflito religioso resultante da Reforma na Europa, o que fez com que missionários luteranos desembarcassem na América Ibérica, convertendo milhares de nativos à fé protestante, em detrimento do Catolicismo. 
b) o estudo das atividades marítimas e técnicas de navegação desenvolvidas na Espanha medieval, principal - mente em relação à exploração do litoral africano, o que fez deste país o pioneiro na navegação do Oceano Atlântico no século XV. 
c) a precoce centralização do poder na Inglaterra – garantida pela união da monarquia plantageneta com a rica burguesia comercial –, possibilitando, aos ingleses, investimentos na compra de navios portugueses entre os séculos XIII e XV. 
d) a permanência do “espírito cruzadista” na Península Ibérica, o que fez com que Portugal e Espanha estivessem empenhados na luta contra os “infiéis” no Oriente Médio, atrasando em dois séculos (XIV-XVI) a Expansão Marítima Ibérica. 
e) a contradição entre o crescimento populacional nesse período e a baixa produção feudal, gerando a necessidade de se procurar novas áreas geográficas para exploração europeia, aumentando, assim, a quantidade de recursos materiais e alimentícios na Europa.

03. (PUCCAMP)   
  
Erro de português 
Quando o português chegou 
Debaixo duma bruta chuva 
Vestiu o índio 
Que pena! 
Fosse uma manhã de sol 
O índio tinha despido 
O português 
(Oswald de Andrade. "Poesias reunidas". 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972) 

Sobre o contexto histórico em que se insere o fenômeno que os versos identificam é correto afirmar que 
a) a descoberta de metais preciosos favoreceu o estabelecimento das primeiras relações econômicas entre portugueses e indígenas. 
b) a agressividade demonstrada pelos nativos despertou o interesse metropolitano pela ocupação efetiva das novas terras. 
c) a conquista da América pelos portugueses contribuiu para o crescimento demográfico da população indígena no Brasil. 
d) no chamado período pré-colonial, o plantio e a exploração do pau-brasil incentivaram o tráfico africano. 
e) apesar de ter tomado posse da terra em nome do rei de Portugal, o interesse da monarquia estava voltado para o Oriente. 

04. (PUC-MG) O descobrimento da América, no início dos tempos modernos, e posteriormente a conquista e colonização, considerando-se a mentalidade do homem ibérico, permitem perceber que, EXCETO:

a) O colonizador, ao se dar conta da perda do paraíso terrestre, do maravilhoso, lançou-se à reprodução da cenografia europeia da América;
b) O colonizador, negando o que pudesse parecer novo, preferiu ver apenas o seu reflexo no espelho da história;
c) Colombo se recusava a ver a América, preferindo manter seus sonhos de que estaria próximo ao Oriente;
d) O processo de descrição e observação do novo continente envolvia basicamente a manutenção do universo indígena;
e) A conquista representou a possibilidade de transplante e difusão dos padrões culturais europeus na América.

05. (Cesup/Unaes/Seat-MS) Na expansão da Europa, a partir do século XV, encontramos intimamente ligados à sua história:

a) a participação da espanha nesse empreendimento, por interesse exclusivo de Fernando de Aragão e Isabel de Castela, seus soberanos na época;
b) a descoberta da América, em 1492, anulou imediatamente o interesse comercial da Europa com o Oriente;
c) o tratado de Tordesilhas, que dividia as terras descobertas entre Portugal e Espanha, sob fiscalização e concordância da França, Inglaterra e Holanda;
d) Portugal, imediatamente após o descobrimento do Brasil, iniciou a colonização, extraindo muito ouro para a Europa, desde 1500;
e) O pioneirismo português.

06. (UFF)  Considerando o processo de expansão da Europa moderna a partir dos séculos XV e XVI, pode-se afirmar que Portugal e Espanha tiveram um papel predominante. Esse papel, entretanto, dependeu, em larga medida, de uma rede composta por interesses 

a) políticos, inerentes à continuidade dos interesses feudais em Portugal; intelectuais, associados ao desenvolvimento da imprensa, do hermetismo e da Astrologia no mundo ibérico; econômicos, vinculados aos interesses italianos na Espanha, nos quais a presença de Colombo é um exemplo; e sociais, vinculados ao poder do clero na Espanha.   
b) políticos, vinculados ao processo de fragmentação política das monarquias absolutas ibéricas; sociais, associados ao desenvolvimento de novos setores sociais, como a nobreza; coloniais, decorrentes da política da Igreja católica que via os habitantes do Novo Mundo como o homem primitivo criado por Deus; e econômicos, presos aos interesses mouros na Espanha.   
c) políticos, vinculados às práticas racistas que envolviam a atuação dos comerciantes ibéricos no Oriente; científicos, que viam na expansão a negação das teorias heliocêntricas; econômicos, ligados ao processo de aumento do tráfico de negros para a Europa através de alianças com os Países Baixos; e religiosos, marcados pela ação ampliada da Inquisição.   
d) políticos, associados ao modelo republicano desenvolvido no Renascimento italiano; religiosos, decorrentes da vitória católica nos processos da Reconquista ibérica; econômicos, ligados ao movimento geral de desenvolvimento do mercantilismo; e sociais, inerentes à vitória do campo sobre a cidade no mundo ibérico.   
e) políticos, vinculados ao fortalecimento da centralização dos estados ibéricos; econômicos, provenientes do avanço das atividades comerciais; religiosos, relacionados com a importância do Papado na Península Ibérica; e intelectuais, decorrentes dos avanços científicos da Renascença e que viram na expansão a realidade de suas teorias sobre Geografia e Astronomia.  

07. (FUVEST) Foram características dominantes da colonização portuguesa na América: 
a) pequenas unidades de produção diversificada, comércio livre e trabalho compulsório. 
b) grandes unidades produtivas de exportação, monopólio do comércio e escravidão. 
c) pacto colonial, exploração de minérios e trabalho livre. 
d) latifúndio, produção monocultora e trabalho assalariado de indígenas. 
e) exportação de matérias-primas, minifúndio e servidão.

08. (FATEC) Durante o Período Colonial brasileiro, a mão-de-obra do negro africano substituiu, progressivamente, a indígena. Isso se deveu: 

a) ao fato dos portugueses já utilizarem, há muito, o trabalho escravo negro no sul de Portugal e nas ilhas do Atlântico. 
b) à inabilidade do indígena para o trabalho agrícola e sedentário. 
c) à reduzida e dispersa população pré-colombiana comparada com a grande oferta de mão-de-obra negra africana. 
d) ao fato dos negros africanos já aceitarem passivamente o trabalho na lavoura e na mineração do Brasil. 
e) aos interesses dos traficantes negreiros e de Portugal neste ramo de comércio colonial, altamente lucrativo. 

09. (EsPCEx)  Um conjunto de forças e motivos econômicos, políticos e culturais impulsionou a expansão comercial e marítima europeia a partir do século XV, o que resultou, entre outras coisas, no domínio da África, da Ásia e da América. (Extraído SILVA, 1996) 

O fato que marcou o início da expansão marítima portuguesa foi o (a) 
a) contorno do Cabo da Boa Esperança em 1488.   
b) conquista de Ceuta em 1415.   
c) chegada em Calicute, Índia, em 1498.   
d) ascensão ao trono português de uma nova dinastia, a de Avis, em 1385.   
e) descobrimento do Brasil em 1500.

10. (FAAP) A colonização portuguesa no Brasil é caracterizada por uma ampla empresa mercantil. É o próprio Estado metropolitano que, em conjugação com as novas forças sociais produtoras, ou seja, a burguesia comercial, assume o caráter da colonização das terras brasileiras. A partir daí os dois elementos - Estado e burguesia - passam a ser os agenciadores coloniais e, assim, a política definida com relação à colonização é efetivada através de alguns elementos básicos que se seguem: dentre eles apenas um não corresponde ao exposto no texto; assinale-o. 

a) a preocupação básica será a de resguardar a área do Império Colonial face às demais potências europeias. 
b) o caráter político da administração se fará a partir da Metrópole e a preocupação fiscal dominará todo o mecanismo administrativo. 
c) o vértice definidor, reside no monopólio comercial. 
d) a função histórica das Colônias será proeminente no sentido de acelerar a acumulação do capital comercial pela burguesia mercantil européia. 
e) a produção gerada dentro das Colônias estimula o seu desenvolvimento e atende às necessidades de seu mercado interno. 

11. (FUVEST)  Quando a expansão comercial europeia ganhou os oceanos, a partir do século XV, rapidamente o mundo conheceu um fenômeno até então inédito: populações que jamais tinham tido qualquer contato umas com as outras passaram a se aproximar, em diferentes graus. Uma das dimensões dramáticas desses novos contatos foi o choque entre ambientes bacteriológicos estranhos, do qual resultou a “mundialização” de doenças e, consequentemente, altas taxas de mortalidade em sociedades cujos indivíduos não possuíam anticorpos para enfrentar tais doenças. Isso ocorreu, primeiro, entre as populações 

a) orientais do continente europeu.   
b) nativas da Oceania.   
c) africanas do Magreb.   
d) indígenas da América Central.   
e) asiáticas da Indonésia.  

12. (UNESP)  A propósito da expansão marítimo-comercial europeia dos séculos XV e XVI pode-se afirmar que 

a) a igreja católica foi contrária à expansão e não participou da colonização das novas terras.   
b) os altos custos das navegações empobreceram a burguesia mercantil dos países ibéricos.   
c) a centralização política fortaleceu-se com o descobrimento das novas terras.    
d) os europeus pretendiam absorver os princípios religiosos dos povos americanos.   
e) os descobrimentos intensificaram o comércio de especiarias no mar Mediterrâneo.

13.  (FAAP) No processo de colonização dos trópicos americanos, as relações entre as colônias e as metrópoles foram definidas pelo regime: 

a) de livre comércio. 
b) de oligopólio. 
c) de monopólio. 
d) liberal. 
e) de livre iniciativa. 

14. (FUVEST)  "Os cosmógrafos e navegadores de Portugal e Espanha procuram situar estas costas e ilhas da maneira mais conveniente aos seus propósitos. Os espanhóis situam-nas mais para o Oriente, de forma a parecer que pertencem ao Imperador (Carlos V); os portugueses, por sua vez, situam-nas mais para o Ocidente, pois deste modo entrariam em sua jurisdição."            

Carta de Robert Thorne, comerciante inglês, ao rei Henrique VIII, em 1527. 
O texto remete diretamente 
a) à competição entre os países europeus retardatários na corrida pelos descobrimentos.   
b) aos esforços dos cartógrafos para mapear com precisão as novas descobertas.   
c) ao duplo papel da marinha da Inglaterra, ao mesmo tempo mercantil e corsária.   
d) às disputas entre países europeus, decorrentes do Tratado de Tordesilhas.   
e) à aliança das duas Coroas ibéricas na exploração marítima.  

15. (UFPI)  Sobre a Expansão Marítima e Comercial Europeia (séculos XV e XVI), assinale a alternativa correta. 

a) A Espanha, em parceria com a França, dominou as rotas comerciais entre a América do Norte e a Europa.   
b) A Holanda, já no século XVI, impôs seu domínio marítimo e comercial, frente à Inglaterra, na América do Sul.   
c) A França, devido ao uso de expedições militares, controlou o comércio de especiarias no litoral da América Portuguesa.   
d) Portugal, ao assinar o Tratado de Tordesilhas com a Espanha, buscava garantir a exploração das terras localizadas no Atlântico Sul.   
e) A Inglaterra, a partir da chegada de Cristóvão Colombo ao "Novo Mundo", firmou-se como a nação hegemônica, nas rotas comerciais entre a América Central e a Europa.

16. (UFMG) Leia o texto. 
"A língua de que [os índios] usam, toda pela costa, é uma: ainda que em certos vocábulos difere em algumas partes; mas não de maneira que se deixem de entender. (...) Carece de três letras, convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não tem Fé, nem Lei, nem Rei, e desta maneira vivem desordenadamente (...)." 

 (GÂNDAVO, Pero de Magalhães. HISTÓRIA DE PROVÍNCIA DE SANTA CRUZ. 1576) 

A partir do texto, pode-se afirmar que todas as alternativas expressam a relação dos portugueses com a cultura indígena, EXCETO: 
a) A busca da compreensão da cultura indígena era uma preocupação do colonizador. 
b) A desorganização social dos indígenas se refletia no idioma. 
c) A diferença cultural entre nativos e colonos era atribuída à inferioridade do indígena. 
d) A língua dos nativos era caracterizada pela limitação vocabular. 
e) Os signos e símbolos dos nativos da costa marítima eram homogêneos. 

17. (UFRS)  Durante a Baixa Idade Média, ocorreu em Portugal a denominada Revolução de Avis (1383-1385), que resultou em uma mudança dinástica, cuja principal consequência foi 

a) o enfraquecimento do poder monárquico diante das pressões localistas que ainda sobreviviam nas pequenas circunscrições territoriais do Reino.   
b) o surgimento de uma burguesia industrial cosmopolita e afinada com a mentalidade capitalista que se instaura na Europa.   
c) o início das grandes navegações marítimas, que resultaram no descobrimento da América e no reconhecimento da Oceania pelos lusitanos.   
d) o início do processo de expansão ultramarina, que levaria às conquistas no Oriente, além da ocupação e do desenvolvimento econômico da América portuguesa.   
e) o surgimento de uma aristocracia completamente independente do Estado, que tinha como projeto político mais relevante a expansão do ideal cruzadista. 

18. (FUVEST) No período colonial o Brasil, exemplo típico de colônia de exploração, apresentava as seguintes características: 

a) grande propriedade, policultura, produção comercializada com outras colônias e  mãode-obra livre. 
b) pequena propriedade, cultura de subsistência, produção para o consumo interno e trabalho livre. 
c) colonato, produção manufatureira comercialização com a Metrópole  e mão-de-obra compulsória. 
d) latifúndio, cultura de subsistência, produção destinada ao mercado interno e mão-de-obra imigrante. 
e) grande propriedade, monocultura, produção para o mercado externo e mão-de-obra escrava. 

19. (PUC)  Na Época Moderna, as narrativas de cronistas, viajantes, missionários e naturalistas, representaram o Novo Mundo ora como Paraíso ora como Inferno. 

Qual das afirmativas a seguir NÃO se encontra corretamente identificada com essa ideia? 
a) No imaginário europeu sobre o Novo Mundo, havia constantes referências à beleza e grandiosidade da natureza, o que possibilitava lhe conferir quase sempre positividade e singularidade.   
b) O Novo Mundo era visto como o lugar para a concretização dos antigos mitos do Paraíso Terrestre e do Eldorado, através dos quais a natureza exuberante garantia a promessa de riqueza.   
c) Os homens que habitavam o Novo Mundo eram quase sempre vistos como bárbaros, selvagens, inferiores e portadores de uma humanidade inviável.  
d) A visão do Novo Mundo foi filtrada pelos relatos de viagens fantásticas, de terras longínquas, de homens monstruosos que habitavam os confins do mundo conhecido até então no ocidente medieval.  
e) Na percepção e representação do Novo Mundo, os relatos orais dos primeiros descobridores ocuparam um lugar central por associá-lo exclusivamente ao Inferno.

20. (CESGRANRIO) Sobre o Pacto Colonial que, na época mercantilista, definiu o relacionamento entre Metrópole e Colônia e determinou a forma de organização da sociedade colonial, assinale a afirmativa INCORRETA: 

a) "a metrópole, por isso que é mãe, deve prestar às colônias suas filhas todos os bons ofícios e socorros necessários para a defesa e segurança das suas vidas e dos seus bens, mantendo-se em uma sossegada posse e fruição dessas mesmas vidas e desses bens". 
b) "é, pois necessário que os interesses da Metrópole sejam ligados com os das colônias, e que estas sejam tratadas sem rivalidade. Quanto os vassalos são mais ricos, tanto o soberano é muito mais". 
c) "esta impossibilidade de subsistir qualquer indivíduo sem alheios socorros, ou Lei Universal que liga os homens entre si, tem a política nas colônias para maior utilidade e dependência em que devem estar da Metrópole". 
d) "para viverem em igualdade e abundância... que todos ficariam ricos, tirados da miséria em que se achavam, extinta a diferença da cor branca, preta e parda, porque uns e outros seriam sem diferença chamados e admitidos a todos os ministérios e cargos".  
e) "numa palavra, quanto os interesses e as utilidades da pátria-mãe se enlaçarem mais com os das colônias suas filhas, tanto ela será mais rica e quanto ela dever mais às colônias, tanto ela será mais feliz e viverá mais segura". 

21. (CESGRANRIO) Com a expansão marítima dos séculos XV/XVI, os países ibéricos desenvolveram a ideia de "império ultramarino" significando: 

a) a ocupação de pontos estratégicos e o domínio das rotas marítimas, a fim de assegurar a acumulação do capital mercantil;
b) o estabelecimento das regras que definem o Sistema Colonial nas relações entre as metrópoles e as demais áreas do "império" para estabelecer as ideias de liberdade comercial; 
c) a integração econômica entre várias partes de cada "império" através do comércio intercolonial e da livre circulação dos indivíduos; 
d) a projeção da autoridade soberana e centralizadora das respectivas coroas e sobre tudo e todos situados no interior desse "império"; 
e) a junção da autoridade temporal com a espiritual através da criação do Império da Cristandade. 

22. (UFC)  O Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494 e confirmado nos seus termos pelo Papa Júlio II em 1506, representou para o século XVI um marco importante nas dinâmicas europeias de expansão marítima. O tratado visava: 

a) demarcar os direitos de exploração dos países ibéricos, tendo como elemento propulsor o desenvolvimento da expansão comercial marítima.   
b) estimular a consolidação do reino português, por meio da exploração das especiarias africanas e da formação do exército nacional.   
c) impor a reserva de mercado metropolitano espanhol, por meio da criação de um sistema de monopólio que atingia todas as riquezas coloniais.   
d) reconhecer a transferência do eixo do comércio mundial do Mediterrâneo para o Atlântico, depois das expedições de Vasco da Gama às Índias.   
e) reconhecer a hegemonia anglo-francesa sobre a exploração colonial, após a destruição da Invencível Armada de Filipe II, da Espanha.  

23. (UNESP) "A conquista de Ceuta foi o primeiro passo na execução de um vasto plano, a um tempo religioso, político e econômico. A posição de Ceuta facilitava a repressão da pirataria mourisca nos mares vizinhos; e sua posse, seguida de outras áreas marroquinas, permitiria aos portugueses desafiar os ataques muçulmanos à cristandade da Península Ibérica." 

(João Lúcio de Azevedo. "Época de Portugal econômico: esboços históricos".) 

De acordo com o texto, é correto interpretar que: 
a) a expansão marítima portuguesa teve como objetivo expulsar os muçulmanos da Península Ibérica. 
b) a influência do poder econômico marroquino foi decisiva para o desenvolvimento das navegações portuguesas. 
c) o domínio dos portugueses sobre Ceuta era parte de um vasto plano para expulsar os muçulmanos do comércio africano e indiano. 
d) a expansão marítima ibérica visava cristianizar o mundo muçulmano para dominar as rotas comerciais africanas. 
e) o domínio de territórios ao norte da África foi uma etapa fundamental para a expansão comercial e religiosa de Portugal.

24. (CESGRANRIO) "A História do Brasil nos três primeiros séculos está intimamente ligada à da expansão comercial e colonial européia na época moderna". 

(NOVAES, Fernando, A. "O BRASIL NOS QUADROS DO ANTIGO SISTEMA COLONIAL" in Brasil Perspectiva. Difil. S.Paulo, 1980, p.47) 

Considerando-se a opinião do autor, podemos dizer que, durante o período colonial: 
a) Portugal foi o artífice único do desenvolvimento do Brasil. 
b) houve uma autonomia do Brasil em relação ao quadro de competição entre as várias potências. 
c) o comércio interno foi a mola maior do desenvolvimento de nosso país. 
d) a organização da vida econômica e social do Brasil se vinculou ao quadro geral europeu. 
e) houve uma relativa dependência da estrutura do Brasil Colonial à conjuntura européia moderna. 

25. (Mackenzie) "Contudo tornava-se cada dia mais claro que se perderiam as terras americanas a menos que fosse realizado um esforço de monta para ocupá-las permanentemente. Este esforço significava desviar recursos de empresas muito mais produtivas do oriente".
(Celso Furtado) 
Para garantir sua presença em terras americanas e contornar os gastos elevados de uma colonização, o governo português introduziu: 
a) o sistema de capitanias, que transferia a particulares, em troca de privilégios e terras, as despesas da colonização. 
b) a centralização administrativa através do governo geral. 
c) a emigração maciça de mão-de-obra livre para a colônia, tendo em vista seu povoamento e desenvolvimento interno. 
d) a criação de um sistema administrativo, totalmente original, baseado em feitorias que incrementaram o povoamento. 
e) o enfrentamento militar com as potências invasoras e a perda de consideráveis áreas coloniais. 

26. (UNIRIO) A descoberta do Brasil não alterou os rumos da expansão portuguesa voltada prioritariamente para o Oriente, o que explica as características dos primeiros anos da colonização brasileira, entre as quais se inclui o(a): 

a) caráter militar da ocupação, visando à defesa das rotas atlânticas. 
b) escambo com os indígenas, garantindo o baixo custo da exploração. 
c) abertura das atividades extrativas da colônia a comerciantes das outras potências européias. 
d) migração imediata de expressivos contingentes de europeus e africanos para a ocupação do território. 
e) exploração sistemática do interior do continente em busca de metais preciosos. 

27. (UNIRIO) O início da colonização portuguesa no Brasil, no chamado período "pré-colonial" (1500 -1530), foi marcado pelo(a): 

a) envio de expedições exploratórias do litoral e pelo escambo do pau-brasil. 
b) plantio e exploração do pau-brasil, associado ao tráfico africano. 
c) deslocamento, para a América, da estrutura administrativa e militar já experimentada no Oriente. 
d) fixação de grupos missionários de várias Ordens Religiosas para catequizar os indígenas. 
e) implantação da lavoura canavieira, apoiada em capitais holandeses. 

28. (Mackenzie) "Pedro Álvares Cabral morreu na obscuridade por volta de 1520, sem nunca ter retornado à corte e virtualmente sem saber que revelara ao mundo um território que era quase um continente. Em 1521, morria também o rei D. Manuel I, o monarca que jamais se interessou pela terra descoberta por Cabral". (Eduardo Bueno - "A viagem do descobrimento") 

O desinteresse de Portugal pelo Brasil na época do descobrimento explica-se: 
a) pela reduzida repercussão da descoberta entre as potências marítimas europeias. 
b) pelo fato dos interesses do Estado Português e da burguesia mercantil estarem voltados para as riquezas do oriente. 
c) pela lógica da economia mercantilista, que valorizava acima de tudo a produção em detrimento do comércio. 
d) por estas terras pertencerem à Espanha, pelo Tratado de Tordesilhas. 
e) pelas enormes dificuldades de transportar com segurança os excedentes de produção dos índios brasileiros. 

29. (UFES) A organização da agromanufatura açucareira no Brasil Colônia está ligada ao sentido geral da colonização portuguesa, cuja dinâmica estava baseada na 

a) pesada carga de taxas e impostos sobre o trabalho livre, com o objetivo de isentar de tributos o trabalho escravo. 
b) unidade produtiva voltada para a mobilidade mercantil interna, ampliada pelo desenvolvimento de atividades artesanais, industriais e comerciais. 
c) estrutura de produção, que objetivava a urbanização e a criação de maior espaço para os homens livres da colônia. 
d) pequena empresa, que procurava viabilizar a produção açucareira apenas para o mercado interno. 
e) propriedade latifundiária escravista, para atender aos interesses da Metrópole Portuguesa de garantir a produção de açúcar em larga escala para o comércio externo. 

30. (UFPE) Na opinião do historiador Caio Prado Jr., todo povo tem na sua evolução, vista a distância, um certo sentido. Este se percebe, não nos pormenores de sua história, mas no conjunto dos fatos e acontecimentos essenciais... 

Assinale a alternativa que corresponde ao "sentido" da colonização portuguesa no Brasil. 
a) A colonização se estabeleceu dentro dos padrões de povoamento e expansão religiosa. 
b) A colonização foi um fato isolado, portanto, uma aventura que não teve continuidade. 
c) A colonização foi o resultado da expansão marítima dos países da Europa e, desde o início, constituiu-se numa sociedade de europeus sem nenhuma miscigenação. 
d) A colonização se realizou no "sentido" de uma vasta empresa comercial para fornecer ao mercado internacional açúcar, tabaco, ouro, diamantes, algodão e outros produtos. 
e) A colonização portuguesa teve, desde cedo, o objetivo de criar um mercado nacional no Brasil.





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