Nita Ferreira
Era uma bela menina
Sua pele tão branca e fina
Lembra o pálido luar
Por isso a lua de inveja
Sua doce beleza almeja
E não pára de brilhar
E até o sol ardente
Enviou suavemente
Mas com todo o seu calor
Um raio bem luminoso
Tocar leve e radioso
O peito de um beija-flor
Foi tal o encantamento
Daquele raro momento
Que o mundo parou a ver
O beija-flor, quem diria
Cantar hinos de alegria
P´rá menina enternecer
Eram tantos os trinados
E os gorjeios ritmados
Que o beija-flor entoava
Enlevada a menina
Sorridente e ladina
Na sua alma guardava
Um dia, há sempre um dia...
Já o sol entardecia
Nenhum som se escutou
Daqueles trinados tão belos
E ave alguma poisou
Nas ondas dos seus cabelos
Passou um dia, outro dia
E a menina entristecia
De desgosto e saudade
As lágrimas a correr
O rosto a empalidecer
Sem ânimo nem vontade
Sempre pelos seus rodeada
De carinho e amor
O seu olhar vagueava
Sem o brilho e o fulgor
O que tem toda a menina
Feliz, marota, ladina
Mas o bem nem sempre dura
E o mal sempre tem fim
Certo dia pela janela
Como em deslumbrante tela
Entrou a cor e a frescura
De um raminho de jasmim
A menina estendeu a mão
Bateu forte o coração
E eclodiu a alegria
Voltou o seu beija-flor
E um belo hino de amor
Soou envolto em magia
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