01. (Cesgranrio – RJ) Assinale a opção em que a inversão da ordem dos termos altera o sentido fundamental do enunciado:
a) Era uma poesia simples/ Era uma simples poesia.
b) Possuía um sentimento vago/ Possuía um vago sentimento.
c) Olhava uma parasita mimosa/Olhava uma mimosa parasita.
d) Havia um contraste eterno/Havia um eterno contraste.
e) Vivia um drama terrível/Vivia um terrível drama.
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto
expediente
[protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor.
(...)
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
(Manuel Bandeira)
Assinale a afirmativa correta.
a) O lirismo caracterizado no terceiro verso é o oposto do
lirismo comedido (primeiro verso).
b) No quarto verso, o eu lírico repudia o envolvimento
amoroso.
c) Raquítico e Sifilítico, nesse contexto, são palavras
antônimas.
d) No terceiro verso, as expressões que caracterizam o
lirismo pertencem a campos semânticos diferentes.
e) A palavra lirismo, no poema, é índice de função
metalinguística, isto é, revela que o assunto do poema é o
próprio fazer poético.
03. (PUC-SP) A QUESTÃO É COMEÇAR
Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também.
Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é
necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada,
o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam
para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se
do tempo ou de futebol. No escrever também poderia ser
assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa
vadia, com que se divaga até encontrar assunto para um
discurso encadeado. Mas, à diferença da conversa falada,
nos ensinaram a escrever e na lamentável forma mecânica
que supunha texto prévio, mensagem já elaborada.
Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra forma de
conversar.
Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos
rituais. Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito e
certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e
um fim predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o
começo e todo o resto. Tentaremos agora (quem? eu e você,
leitor) conversando entender como necessitamos nos
reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não
apenas transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi
pensado ou dito, mas inauguração do próprio pensar. “Pare
aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor lê
depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem
pensar em você por perto, espiando o que escrevo. Não me
deixe falando sozinho.”
Pois é; escrever é isso aí: iniciar uma conversa com
interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais apenas,
sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente
presentes. Depois é espichar conversas e novos
interlocutores surgem, entram na roda, puxam assuntos.
Termina-se sabe Deus onde.
(MARQUES, M.O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ,
1997, p. 13).
Observe a seguinte afirmação feita pelo autor: “Em nossa
civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde” já não
funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto
servindo, fala-se do tempo ou de futebol.” Ela faz
referência à função da linguagem cuja meta é “quebrar o
gelo”. Indique a alternativa que explicita essa função.
a) Função emotiva
b) Função referencial
c) Função fática
d) Função conativa
e) Função poética
04. (UEMG) Assinale a alternativa em que o(s)
termo(s) em negrito do fragmento citado NÃO contém
(êm) traço(s) da função emotiva da linguagem.
a) Os poemas (infelizmente!) não estão nos rótulos de
embalagens nem junto aos frascos de remédio.
b) A leitura ganha contornos de “cobaia de laboratório”
quando sai de sua significação e cai no ambiente artificial e
na situação inventada.
c) Outras leituras significativas são o rótulo de um produto
que se vai comprar, os preços do bem de consumo, o tíquete
do cinema, as placas do ponto de ônibus (...)
d) Ler e escrever são condutas da vida em sociedade. Não
são ratinhos mortos (...) prontinhos para ser desmontados
e montados, picadinhos (...)
05. (UFV) Leia as passagens abaixo, extraídas de São
Bernardo, de Graciliano Ramos:
I. Resolvi estabelecer-me aqui na minha terra, município de
Viçosa, Alagoas, e logo planeei adquirir a propriedade S.
Bernardo, onde trabalhei, no eito, com salário de cinco
tostões.
II. Uma semana depois, à tardinha, eu, que ali estava
aboletado desde meio-dia, tomava café e conversava,
bastante satisfeito.
III. João Nogueira queria o romance em língua de Camões,
com períodos formados de trás para diante.
IV. Já viram como perdemos tempo em padecimentos
inúteis? Não era melhor que fôssemos como os bois? Bois
com inteligência. Haverá estupidez maior que atormentar-se
um vivente por gosto? Será? Não será? Para que isso?
Procurar dissabores! Será? Não será?
V. Foi assim que sempre se fez. [respondeu Azevedo Gondim] A literatura é a literatura, seu Paulo. A gente discute, briga, trata de negócios naturalmente, mas arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se eu fosse escrever como falo, ninguém me lia.
V. Foi assim que sempre se fez. [respondeu Azevedo Gondim] A literatura é a literatura, seu Paulo. A gente discute, briga, trata de negócios naturalmente, mas arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se eu fosse escrever como falo, ninguém me lia.
Assinale a alternativa em que ambas as passagens
demonstram o exercício de metalinguagem em São
Bernardo:
a) III e V.
b) I e II.
c) I e IV.
d) III e IV.
e) II e V.
06. O texto seguinte também é de natureza poética. Nele, qual a função secundária da linguagem?
Lutar com as palavras
é a luta mais vã.
Entanto lutamos
mal rompe a manhã.
(Carlos Drummond de Andrade)
a) Função emotiva.
b) Função conativa.
c) Função referencial.
d) Função metalinguística.
e) Função fática
07. “Ele é feio, mas te leva lá”, afirmava, numa revista americana, em 1969, a frase colocada logo abaixo de uma fotografia da nave espacial Apolo 11, semelhante a um inseto, que tinha acabado de levar os primeiros homens à Lua. No canto inferior da página, havia o logotipo da Volkswagen. Tratava-se de uma propaganda do “fusca”, o velho modelo de automóvel da fábrica, então pouco aceito nos Estados Unidos por ser considerado feio.
Nessa mensagem, predomina a
a) função emotiva.
b) função conativa.
c) função referencial.
d) função metalinguística.
e) função fática.
08. (UNIFESP)
fora de si
eu fico louco
eu fico fora de si
eu fica assim
eu fica fora de mim
eu fico um pouco
depois eu saio daqui
eu vai embora
eu fico fora de si
eu fico oco
eu fica bem assim
eu fico sem ninguém em mim
A leitura do poema permite afirmar corretamente que o poeta explora a ideia de
a) buscar a completude no Outro, conforme atesta a função apelativa, reforçando que o Eu, quando fora de si, necessariamente se funde com o Outro.
b) sair de sua criação artística, retratando, pela função poética, a contradição do fazer literário, que não atinge o poeta.
c) perder a noção de si mesmo, e também perder a noção das outras pessoas, o que se mostra num poema metalinguístico.
d) extravasar o seu sentimento, como denuncia a função emotiva, reafirmando a situação de desencanto e desengano do poeta.
e) criar literariamente como brincar com as palavras, o que se pode comprovar pela função fática da linguagem.
09. (FATEC) O senão do livro
COMEÇO a arrepender-me deste livro. Não que ele me canse; eu não tenho que fazer; e, realmente, expedir alguns magros capítulos para esse mundo sempre é tarefa que distrai um pouco da eternidade. mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica, vício grave, e aliás ínfimo, porque o maior defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer, e o livro anda devagar; tu amas a narração direta e nutrida, o estilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à direita e à esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e caem…
Este trecho revela o estilo de:
a) MANUEL ANTONIO DE ALMEIDA, ao usar uma linguagem apelativa, direcionada à reflexão crítica da obra romântica.
b) GRACILIANO RAMOS, ao revelar a quebra da ordem cronológica da narrativa de suas obras, como reflexo coerente da instabilidade psicológica e espacial de suas personagens.
c) MACHADO DE ASSIS, ao questionar o leitor quanto à linha lógica e impositiva do tempo velho da obra literária e, ao mesmo tempo, conscientizá-lo de um novo modo de ler.
d) LIMA BARRETO, ao retratar o estilo incoerente de suas personagens em seus atos de loucura.
e) CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, ao especular o tempo e a qualidade de vida do homem
(leitor) em interação com o tempo da narrativa.
10. (ENEM – 2012)
Desabafo
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado.
Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem predominante é a emotiva ou expressiva, pois
a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código.
b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito.
c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem.
d) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais.
e) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação.
11. (ENEM – 2006)
Aula de Português
A linguagem
na ponta da língua
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a priminha.
O português são dois; o outro, mistério.
Explorando a função emotiva da linguagem, o poeta expressa o contraste entre marcas de variação de usos da linguagem em
a) situações formais e informais.
b) diferentes regiões dos pais.
c) escolas literárias distintas.
d) textos técnicos e poéticos.
e) diferentes épocas.
12. (ENEM 2014)
Texto I
Seis estados zeram fila de espera para transplante de córnea
Seis estados brasileiros aproveitaram o aumento no número de doadores e de transplantes feitos no primeiro semestre de 2012 no país e entraram para uma lista privilegiada: a de não ter mais pacientes esperando por uma córnea.
Até julho desse ano, Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Norte e São Paulo eliminaram a lista de espera no transplante de córneas, de acordo com balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, no Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos. Em 2011, só São Paulo e Rio Grande do Norte zeraram essa fila.
Texto II
A notícia e o cartaz abordam a questão da doação de órgãos. Ao relacionar os dois textos, observa-se que o cartaz é
a) contraditório, pois a notícia informa que o país superou a necessidade de doação de órgãos.
b) complementar, pois a notícia diz que a doação de órgãos cresceu e o cartaz solicita doações.
c) redundante, pois a notícia e o cartaz têm a intenção de influenciar as pessoas a doarem seus órgãos.
d) indispensável, pois a notícia fica incompleta sem o cartaz, que apela para a sensibilidade das pessoas.
e) discordante, pois ambos os textos apresentam posições distintas sobre a necessidade de doação de órgãos.
13. (ENEM 2014) -
Escrever crônica é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada, como faz um cronista; não a prosa de um ficcionista, na qual este é levado meio a tapas pelas personagens e situações que, azar dele, criou porque quis. Com um prosador do cotidiano, a coisa fia mais fino. Senta-se ele diante de uma máquina, olha através da janela e busca fundo em sua imaginação um assunto qualquer, de preferência colhido no noticiário matutino, ou da véspera, em que, com suas artimanhas peculiares, possa injetar um sangue novo. Se nada houver, restar-lhe o recurso de olhar em torno e esperar que, através de um processo associativo, surja-lhe de repente a crônica, provinda dos fatos e feitos de sua vida emocionalmente despertados pela concentração. Ou então, em última instância, recorrer ao assunto da falta de assunto, já bastante gasto, mas do qual, no ato de escrever, pode surgir o inesperado.
Predomina nesse texto a função da linguagem que se constitui
a) nas diferenças entre o cronista e o ficcionista.
b) nos elementos que servem de inspiração ao cronista.
c) nos assuntos que podem ser tratados em uma crônica.
d) no papel da vida do cronista no processo de escrita da crônica.
e) nas dificuldades de se escrever uma crônica por meio de uma crônica.
14. (ENEM 2014)
eu acho um fato interessante… né… foi como meu pai e minha mãe vieram se conhecer… né que… minha mãe morava no Piauí com toda a família… né…meu… meu avô… materno no caso… era maquinista… ele sofreu um acidente… infelizmente morreu…minha mãe tinha cinco anos… né… e o irmão mais velho dela… meu padrinho… tinha dezessete e ele foi obrigado a trabalhar… foi trabalhar no banco… e… ele foi…o banco… no caso… estava… com um número de funcionários cheio e ele teve que ir para outro local e pediu transferência prum mais perto de Parnaíba que era a cidade onde eles moravam e por engano o… o…escrivão entendeu Paraíba… né… e meu… minha família veio parar em Mossoró que exatamente o local mais perto onde tinha vaga pra funcionário do Banco do Brasil e:: ela foi parar na rua do meu pai… né…e começaram a se conhecer…namoraram onze anos …né… pararam algum tempo… brigaram… é lógico… porque todo relacionamento tem uma briga… né…e eu achei esse fato muito interessante porque foi uma coincidência incrível…né… como vieram se conhecer… namoraram e hoje… e até hoje estão juntos… dezessete anos de casados.
Na transcrição de fala, há um breve relato de experiência pessoal, no qual se observa a frequente repetição de “né”. Essa repetição é um
a) índice de baixa escolaridade do falante.
b) estratégia típica da manutenção da interação oral.
c) marca de conexão lógica entre conteúdos na fala.
d) manifestação característica da fala nordestina.
e) recurso enfatizador da informação mais relevante da narrativa.
15. (ENEM 2014) A última edição deste periódico apresenta mais uma vez um tema relacionado ao tratamento dado ao lixo caseiro, aquele que produzimos no dia a dia. A informação agora passa pelo problema do material jogado na estrada vicinal que liga o município de Rio Claro ao distrito de Ajapi. Infelizmente, no local em questão, a reportagem encontrou mais uma forma errada de destinação do lixo: material atirado ao lado da pista como se isso fosse o ideal. Muitos moradores, por exemplo, retiram o lixo de suas residências e, em vez de um destino correto, procuram dispensá-lo em outras regiões. Uma situação no mínimo incômoda. Se você sai de casa para jogar o lixo em outra localidade, por que não o fazer no local ideal? É muita falta de educação achar que aquilo que não é correto para sua região possa ser para outra. A reciclagem do lixo doméstico é um passo inteligente e de consciência. Olha o exemplo que passamos aos mais jovens! Quem aprende errado coloca em prática o errado. Um perigo!
Esse editorial faz uma leitura diferenciada de uma notícia veiculada no jornal. Tal diferença traz à tona uma das funções sociais desse gênero textual, que é
a) apresentar fatos que tenham sido noticiados pelo próprio veículo.
b) chamar a atenção do leitor para temas raramente abordados no jornal.
c) provocar a indignação dos cidadãos por força dos argumentos apresentados.
d) interpretar criticamente fatos noticiados e considerados relevantes para a opinião pública.
e) trabalhar uma informação previamente apresentada com base no ponto de vista do autor da notícia.
16. (ENEM 2015)
Todos os meses são recolhidas das rodovias brasileiras centenas de milhares de toneladas de lixo. Só nos 22,9 mil quilômetros das rodovias paulistas são 41,5 mil toneladas. O hábito de descartar embalagens, garrafas, papéis e bitucas de cigarro pelas rodovias persiste e tem aumentado nos últimos anos. O problema é que o lixo acumulado na rodovia, além de prejudicar o meio ambiente, pode impedir o escoamento da água, contribuir para as enchentes, provocar incêndios, atrapalhar o trânsito e até causar acidentes. Além dos perigos que o lixo representa para os motoristas, o material descartado poderia ser devolvido para a cadeia produtiva. Ou seja, o papel que está sobrando nas rodovias poderia ter melhor destino. Isso também vale para os plásticos inservíveis, que poderiam se transformar em sacos de lixo, baldes, cabides e até acessórios para os carros.
Os gêneros textuais correspondem a certos padrões de composição de texto, determinados pelo contexto em que são produzidos, pelo público a que eles se destinam. Pela leitura do texto apresentado, reconhece-se que sua função é
a) apresentar dados estatísticos sobre a reciclagem no país.
b) alertar sobre os riscos da falta de sustentabilidade do mercado de recicláveis.
c) divulgar a quantidade de produtos reciclados retirados das rodovias brasileiras.
d) revelar os altos índices de acidentes nas rodovias brasileiras poluídas nos últimos anos.
e) conscientizar sobre a necessidade de preservação ambiental e de segurança nas rodovias.
17. (ENEM 2015)
Nem no ralo. Elas poluem rios, lagos e mares, o que contamina o ambiente e os animais. Também deixa mais difícil obter a água que nós mesmos usaremos. Alguns produtos podem causar entupimentos:
Jogue esses produtos no lixo comum. Alguns deles, como óleo de cozinha, medicamento e tinta, podem ser levados a pontos de coleta especiais, que darão destinação final adequada.
O texto tem objetivo educativo. Nesse sentido, além do foco no interlocutor, que caracteriza a função conativa da linguagem, predomina também nele a função referencial, que busca
a) despertar no leitor sentimentos de amor pela natureza, induzindo-o a ter atitudes responsáveis que beneficiarão a sustentabilidade do planeta.
b) informar o leitor sobre as consequências da destinação inadequada do lixo, orientando-o sobre como fazer o correto descarte de alguns dejetos.
c) transmitir uma mensagem de caráter subjetivo, mostrando exemplos de atitudes sustentáveis do autor do texto em relação ao planeta.
d) estabelecer uma comunicação com o leitor, procurando certificar-se de que a mensagem sobre ações de sustentabilidade está sendo compreendida.
e) explorar o uso da linguagem, conceituando detalhadamente os termos usados de forma a proporcionar melhor compreensão do texto.
18. (ENEM 2016) Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. É, a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significado, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor pretendia e, dono da própria vontade, entregar-se a essa leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo uma outra não prevista.
Nesse texto, a autora apresenta reflexões sobre o processo de produção de sentidos, valendo-se da metalinguagem. Essa função da linguagem torna-se evidente pelo fato de o texto
a) ressaltar a importância da intertextualidade.
b) propor leituras diferentes das previsíveis.
c) apresentar o ponto de vista da autora.
d) discorrer sobre o ato da leitura.
e) focar a participação do leitor.
19. Prova: Quadrix - 2014 - COBRA Tecnologia S-A (BB) - Técnico Administrativo
a) Função metalinguística.
b) Função emotiva.
c) Função fática.
d) Função conativa.
e) Função referencial.
20. (EsPCEx) Quando a intenção do emissor está voltada para a própria mensagem, quer na seleção e combinação das palavras, quer na estrutura da mensagem, com as mensagens carregadas de significados, temos a função de linguagem denominada
a) fática.
b) poética.
c) emotiva.
d) referencial.
e) metalinguística.
Lutar com as palavras
é a luta mais vã.
Entanto lutamos
mal rompe a manhã.
(Carlos Drummond de Andrade)
a) Função emotiva.
b) Função conativa.
c) Função referencial.
d) Função metalinguística.
e) Função fática
07. “Ele é feio, mas te leva lá”, afirmava, numa revista americana, em 1969, a frase colocada logo abaixo de uma fotografia da nave espacial Apolo 11, semelhante a um inseto, que tinha acabado de levar os primeiros homens à Lua. No canto inferior da página, havia o logotipo da Volkswagen. Tratava-se de uma propaganda do “fusca”, o velho modelo de automóvel da fábrica, então pouco aceito nos Estados Unidos por ser considerado feio.
Nessa mensagem, predomina a
a) função emotiva.
b) função conativa.
c) função referencial.
d) função metalinguística.
e) função fática.
08. (UNIFESP)
fora de si
eu fico louco
eu fico fora de si
eu fica assim
eu fica fora de mim
eu fico um pouco
depois eu saio daqui
eu vai embora
eu fico fora de si
eu fico oco
eu fica bem assim
eu fico sem ninguém em mim
A leitura do poema permite afirmar corretamente que o poeta explora a ideia de
a) buscar a completude no Outro, conforme atesta a função apelativa, reforçando que o Eu, quando fora de si, necessariamente se funde com o Outro.
b) sair de sua criação artística, retratando, pela função poética, a contradição do fazer literário, que não atinge o poeta.
c) perder a noção de si mesmo, e também perder a noção das outras pessoas, o que se mostra num poema metalinguístico.
d) extravasar o seu sentimento, como denuncia a função emotiva, reafirmando a situação de desencanto e desengano do poeta.
e) criar literariamente como brincar com as palavras, o que se pode comprovar pela função fática da linguagem.
09. (FATEC) O senão do livro
COMEÇO a arrepender-me deste livro. Não que ele me canse; eu não tenho que fazer; e, realmente, expedir alguns magros capítulos para esse mundo sempre é tarefa que distrai um pouco da eternidade. mas o livro é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa contração cadavérica, vício grave, e aliás ínfimo, porque o maior defeito deste livro és tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer, e o livro anda devagar; tu amas a narração direta e nutrida, o estilo regular e fluente, e este livro e o meu estilo são como os ébrios, guinam à direita e à esquerda, andam e param, resmungam, urram, gargalham, ameaçam o céu, escorregam e caem…
Este trecho revela o estilo de:
a) MANUEL ANTONIO DE ALMEIDA, ao usar uma linguagem apelativa, direcionada à reflexão crítica da obra romântica.
b) GRACILIANO RAMOS, ao revelar a quebra da ordem cronológica da narrativa de suas obras, como reflexo coerente da instabilidade psicológica e espacial de suas personagens.
c) MACHADO DE ASSIS, ao questionar o leitor quanto à linha lógica e impositiva do tempo velho da obra literária e, ao mesmo tempo, conscientizá-lo de um novo modo de ler.
d) LIMA BARRETO, ao retratar o estilo incoerente de suas personagens em seus atos de loucura.
e) CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, ao especular o tempo e a qualidade de vida do homem
(leitor) em interação com o tempo da narrativa.
10. (ENEM – 2012)
Desabafo
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado.
CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento).
Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o predomínio, entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem predominante é a emotiva ou expressiva, pois
a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código.
b) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito.
c) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem.
d) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais.
e) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação.
11. (ENEM – 2006)
Aula de Português
A linguagem
na ponta da língua
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a priminha.
O português são dois; o outro, mistério.
Carlos Drummond de Andrade. Esquecer para lembrar. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.
a) situações formais e informais.
b) diferentes regiões dos pais.
c) escolas literárias distintas.
d) textos técnicos e poéticos.
e) diferentes épocas.
12. (ENEM 2014)
Texto I
Seis estados zeram fila de espera para transplante de córnea
Seis estados brasileiros aproveitaram o aumento no número de doadores e de transplantes feitos no primeiro semestre de 2012 no país e entraram para uma lista privilegiada: a de não ter mais pacientes esperando por uma córnea.
Até julho desse ano, Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Norte e São Paulo eliminaram a lista de espera no transplante de córneas, de acordo com balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, no Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos. Em 2011, só São Paulo e Rio Grande do Norte zeraram essa fila.
Texto II
a) contraditório, pois a notícia informa que o país superou a necessidade de doação de órgãos.
b) complementar, pois a notícia diz que a doação de órgãos cresceu e o cartaz solicita doações.
c) redundante, pois a notícia e o cartaz têm a intenção de influenciar as pessoas a doarem seus órgãos.
d) indispensável, pois a notícia fica incompleta sem o cartaz, que apela para a sensibilidade das pessoas.
e) discordante, pois ambos os textos apresentam posições distintas sobre a necessidade de doação de órgãos.
13. (ENEM 2014) -
O exercício da crônica
(MORAES, V. Para viver um grande amor: crônicas e poemas. São Paulo: Cia das Letras, 1991).
Predomina nesse texto a função da linguagem que se constitui
a) nas diferenças entre o cronista e o ficcionista.
b) nos elementos que servem de inspiração ao cronista.
c) nos assuntos que podem ser tratados em uma crônica.
d) no papel da vida do cronista no processo de escrita da crônica.
e) nas dificuldades de se escrever uma crônica por meio de uma crônica.
14. (ENEM 2014)
eu acho um fato interessante… né… foi como meu pai e minha mãe vieram se conhecer… né que… minha mãe morava no Piauí com toda a família… né…meu… meu avô… materno no caso… era maquinista… ele sofreu um acidente… infelizmente morreu…minha mãe tinha cinco anos… né… e o irmão mais velho dela… meu padrinho… tinha dezessete e ele foi obrigado a trabalhar… foi trabalhar no banco… e… ele foi…o banco… no caso… estava… com um número de funcionários cheio e ele teve que ir para outro local e pediu transferência prum mais perto de Parnaíba que era a cidade onde eles moravam e por engano o… o…escrivão entendeu Paraíba… né… e meu… minha família veio parar em Mossoró que exatamente o local mais perto onde tinha vaga pra funcionário do Banco do Brasil e:: ela foi parar na rua do meu pai… né…e começaram a se conhecer…namoraram onze anos …né… pararam algum tempo… brigaram… é lógico… porque todo relacionamento tem uma briga… né…e eu achei esse fato muito interessante porque foi uma coincidência incrível…né… como vieram se conhecer… namoraram e hoje… e até hoje estão juntos… dezessete anos de casados.
(CUNHA, M .F. A. (org.) Corpus discurso & gramática: a língua falada e escrita na cidade de Natal. Natal: EdUFRN, 1998.)
Na transcrição de fala, há um breve relato de experiência pessoal, no qual se observa a frequente repetição de “né”. Essa repetição é um
a) índice de baixa escolaridade do falante.
b) estratégia típica da manutenção da interação oral.
c) marca de conexão lógica entre conteúdos na fala.
d) manifestação característica da fala nordestina.
e) recurso enfatizador da informação mais relevante da narrativa.
15. (ENEM 2014) A última edição deste periódico apresenta mais uma vez um tema relacionado ao tratamento dado ao lixo caseiro, aquele que produzimos no dia a dia. A informação agora passa pelo problema do material jogado na estrada vicinal que liga o município de Rio Claro ao distrito de Ajapi. Infelizmente, no local em questão, a reportagem encontrou mais uma forma errada de destinação do lixo: material atirado ao lado da pista como se isso fosse o ideal. Muitos moradores, por exemplo, retiram o lixo de suas residências e, em vez de um destino correto, procuram dispensá-lo em outras regiões. Uma situação no mínimo incômoda. Se você sai de casa para jogar o lixo em outra localidade, por que não o fazer no local ideal? É muita falta de educação achar que aquilo que não é correto para sua região possa ser para outra. A reciclagem do lixo doméstico é um passo inteligente e de consciência. Olha o exemplo que passamos aos mais jovens! Quem aprende errado coloca em prática o errado. Um perigo!
Disponível em: http://jornaldacidade.uo.com.br. Acesso em: 10 ago. 2012 (adaptado).
Esse editorial faz uma leitura diferenciada de uma notícia veiculada no jornal. Tal diferença traz à tona uma das funções sociais desse gênero textual, que é
a) apresentar fatos que tenham sido noticiados pelo próprio veículo.
b) chamar a atenção do leitor para temas raramente abordados no jornal.
c) provocar a indignação dos cidadãos por força dos argumentos apresentados.
d) interpretar criticamente fatos noticiados e considerados relevantes para a opinião pública.
e) trabalhar uma informação previamente apresentada com base no ponto de vista do autor da notícia.
16. (ENEM 2015)
Embalagens usadas e resíduos devem ser descartados adequadamente
Todos os meses são recolhidas das rodovias brasileiras centenas de milhares de toneladas de lixo. Só nos 22,9 mil quilômetros das rodovias paulistas são 41,5 mil toneladas. O hábito de descartar embalagens, garrafas, papéis e bitucas de cigarro pelas rodovias persiste e tem aumentado nos últimos anos. O problema é que o lixo acumulado na rodovia, além de prejudicar o meio ambiente, pode impedir o escoamento da água, contribuir para as enchentes, provocar incêndios, atrapalhar o trânsito e até causar acidentes. Além dos perigos que o lixo representa para os motoristas, o material descartado poderia ser devolvido para a cadeia produtiva. Ou seja, o papel que está sobrando nas rodovias poderia ter melhor destino. Isso também vale para os plásticos inservíveis, que poderiam se transformar em sacos de lixo, baldes, cabides e até acessórios para os carros.
Disponível em: www.girodasestradas.com.br. Acesso em: 31 jul. 2012.
Os gêneros textuais correspondem a certos padrões de composição de texto, determinados pelo contexto em que são produzidos, pelo público a que eles se destinam. Pela leitura do texto apresentado, reconhece-se que sua função é
a) apresentar dados estatísticos sobre a reciclagem no país.
b) alertar sobre os riscos da falta de sustentabilidade do mercado de recicláveis.
c) divulgar a quantidade de produtos reciclados retirados das rodovias brasileiras.
d) revelar os altos índices de acidentes nas rodovias brasileiras poluídas nos últimos anos.
e) conscientizar sobre a necessidade de preservação ambiental e de segurança nas rodovias.
17. (ENEM 2015)
14 coisas que você não deve jogar na privada
Nem no ralo. Elas poluem rios, lagos e mares, o que contamina o ambiente e os animais. Também deixa mais difícil obter a água que nós mesmos usaremos. Alguns produtos podem causar entupimentos:
- cotonete e fio dental;
- medicamento e preservativo;
- óleo de cozinha;
- ponta de cigarro;
- poeira de varrição de casa;
- fio de cabelo e pelo de animais;
- tinta que não seja à base de água;
- querosene, gasolina, solvente, tíner.
Jogue esses produtos no lixo comum. Alguns deles, como óleo de cozinha, medicamento e tinta, podem ser levados a pontos de coleta especiais, que darão destinação final adequada.
MORGADO, M.; EMASA. Manual de etiqueta. Planeta Sustentável, jul.-ago. 2013 (adaptado).
O texto tem objetivo educativo. Nesse sentido, além do foco no interlocutor, que caracteriza a função conativa da linguagem, predomina também nele a função referencial, que busca
a) despertar no leitor sentimentos de amor pela natureza, induzindo-o a ter atitudes responsáveis que beneficiarão a sustentabilidade do planeta.
b) informar o leitor sobre as consequências da destinação inadequada do lixo, orientando-o sobre como fazer o correto descarte de alguns dejetos.
c) transmitir uma mensagem de caráter subjetivo, mostrando exemplos de atitudes sustentáveis do autor do texto em relação ao planeta.
d) estabelecer uma comunicação com o leitor, procurando certificar-se de que a mensagem sobre ações de sustentabilidade está sendo compreendida.
e) explorar o uso da linguagem, conceituando detalhadamente os termos usados de forma a proporcionar melhor compreensão do texto.
18. (ENEM 2016) Ler não é decifrar, como num jogo de adivinhações, o sentido de um texto. É, a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significado, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor pretendia e, dono da própria vontade, entregar-se a essa leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo uma outra não prevista.
(LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1993)
a) ressaltar a importância da intertextualidade.
b) propor leituras diferentes das previsíveis.
c) apresentar o ponto de vista da autora.
d) discorrer sobre o ato da leitura.
e) focar a participação do leitor.
19. Prova: Quadrix - 2014 - COBRA Tecnologia S-A (BB) - Técnico Administrativo
Rua na Aclimação amanhece coberta por gelo
A intensa chuva de granizo que caiu sobre a cidade na tarde de domingo (18) deixou a cidade em estado de atenção, que durou até as 17h35. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), as chuvas foram mais intensas nas zonas Sul e Oeste, mas moradores da zona Leste também registraram o fenômeno climático. Placas de gelo formadas . no chão chamaram a atenção dos paulistanos, que postaram fotos da neve cobrindo as ruas nas redes sociais. No bairro da Aclimação, no centro, a Rua Pedra Azul amanheceu coberta por gelo nesta segunda-feira (19).
(Fonte: http:/ /vejasp.abril.com.br)
Qual é a função da linguagem que prevalece?a) Função metalinguística.
b) Função emotiva.
c) Função fática.
d) Função conativa.
e) Função referencial.
20. (EsPCEx) Quando a intenção do emissor está voltada para a própria mensagem, quer na seleção e combinação das palavras, quer na estrutura da mensagem, com as mensagens carregadas de significados, temos a função de linguagem denominada
a) fática.
b) poética.
c) emotiva.
d) referencial.
e) metalinguística.
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RESPOSTAS
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Muito bom , adorei, parabéns!!!
ResponderExcluirEu não entendi porque a 20 e “B” alguém pode explicar?
ResponderExcluirNão é"B"não é letra "E"
ExcluirPor que a questao 7 é letra B?
ResponderExcluirporque a 20 é 'E'?? explica ae vai!
ResponderExcluirEle colocou todas certas,ok
ResponderExcluirA 20 é letra B.
Excluiralguem me explica a 1
ResponderExcluirCorreto, é a letra b.
ResponderExcluirQUESTÃO 20
ResponderExcluirRESPOSTA CORRIGIDA DE ACORDO COM O GABARITO OFICIAL DA BANCA: LETRA B